![]() PANDORA
Data: 08/02/2008
Créditos:
na voz da autora.
PANDORA Deveria notar apenas o broto, o verde em folha, mas o amarelo-flor se apossa do verde (sei que nunca deveria usar este verbo, o utilizo sem culpa quando há palidez aflora sem medo). Confundo-me com o avesso, o castigo é a mortal curiosidade. Queria não ver as nervuras, não ser seiva tendo em vista o suco. Quisera não ser tão celular (por que o pensamento é heliotrópico?) talvez a necessidade de verbalizar seja maior fortalecendo um novo cantar. Talvez exista em momento de entropia, real... de arrepiar, talvez um girassol brilhe quando não se entrega ao definhar. Queria não procurar “dormideiras” o tempo é tão curto entre um oscilar e o outro quando a ansiedade não encontra o prumo. Quisera não sentir o toque das folhas nas narinas Eu não deveria arrancar a folha do arbusto, não, eu não deveria... vê-la correr solta por aí. Por que? Instante de rio que nunca vi que insisto em imaginar. [a fobia corre a veia indignada nos instantes que se encontra com pessoas que afirmam a existência do “ser normal”] Sou Ave sem asas, acho que nunca alcançarei a métrica, mas se angústia é brilhante! O paraíso não está perdido. Não sei por que o soneto é navalha?! Se você só pode se respeitar sendo o que é. Não sei como a memória seleciona e retém tantas coisas... sonhos timbres conchas... quinquilharias Abro acordes em silêncio, que não sei como explicar para onde vão tantos vãos, por que vem? e logo se esvaem... Existem certos momentos que os peixes necessitam dormir no colo das águas tranquilas. Rosangela_Aliberti
Enviado por Rosangela Aliberti em 08/02/2008
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